No final do dia de negociação anterior, os índices de ações dos EUA fecharam no verde. O S&P 500 subiu 0,73%, enquanto o Nasdaq 100 ganhou 1,21%. O Dow Jones Industrial Average subiu 0,17%.

Hoje, os índices futuros de ações dos EUA e da Europa subiram junto com os mercados asiáticos, depois que o presidente Donald Trump ameaçou impor tarifas de 100% sobre os exportadores de chips. Entretanto, espera-se que as grandes corporações que investem nos EUA, como a Apple Inc., recebam isenções.

Os contratos futuros do S&P 500 e do Nasdaq 100 avançaram 0,2%, enquanto os principais índices europeus subiram 0,5%.

Os preços do petróleo se recuperaram após uma sequência de cinco dias de queda, a mais longa desde maio, à medida que os investidores monitoravam os esforços dos Estados Unidos para impor tarifas a países que importam petróleo russo, especialmente Índia e China. No mercado de renda fixa, os títulos recuaram: o rendimento dos Treasuries de 10 anos subiu dois pontos-base, para 4,25%, enquanto o dólar registrou sua quinta queda consecutiva.

O sentimento do mercado melhorou após Donald Trump anunciar que as empresas que fabricam produtos nos Estados Unidos estariam isentas das tarifas propostas, aliviando os temores de possíveis interrupções nas cadeias de suprimentos. Em discurso na noite de quarta-feira, Trump anunciou uma tarifa de aproximadamente 100% sobre chips e semicondutores, acrescentando: "Mas se você está produzindo nos Estados Unidos da América, não há cobrança." As declarações foram feitas após o CEO da Apple, Tim Cook, apresentar um plano de investimento de US$ 100 bilhões no país durante reunião no Salão Oval.

O anúncio trouxe alívio para diversas corporações que estavam seriamente preocupadas com o aumento dos custos e com potenciais falhas logísticas. Os mercados reagiram positivamente, com investidores reavaliando os riscos associados à política comercial. Ainda assim, vale ressaltar que a isenção tarifária não representa uma solução universal e pode vir acompanhada de exigências específicas. Muitas empresas talvez tenham que adaptar suas estratégias de produção para se qualificar, o que pode incluir investimentos em novos equipamentos, capacitação de mão de obra e reestruturação da cadeia de suprimentos.

Além disso, a crescente especulação sobre um possível corte na taxa de juros pelo Federal Reserve também impulsiona o otimismo no mercado acionário. Apesar da entrada em vigor das novas tarifas abrangentes de Trump, destinadas a remodelar o comércio global, os investidores veem a perspectiva de juros mais baixos como um sinal de crédito mais barato e maior liquidez. Normalmente, cortes nas taxas estimulam o crescimento econômico, elevam o consumo e incentivam o investimento empresarial, o que, por sua vez, favorece os lucros corporativos e sustenta as valorizações das ações.

Ontem, três autoridades do Fed expressaram preocupação com o mercado de trabalho dos EUA, indicando um possível corte na taxa de juros em setembro. Entre elas, estava a presidente do Fed de San Francisco, Mary Daly, que afirmou que os formuladores de política provavelmente precisarão ajustar as taxas nos próximos meses para evitar uma deterioração maior na contratação.

Perspectiva técnica para o S&P 500:

Hoje, os compradores tentarão romper a resistência mais próxima, em US$ 6.364. Um movimento acima desse nível reforçaria o momentum de alta e abriria caminho para uma nova meta em US$ 6.373. Garantir o controle acima de US$ 6.385 seria outra prioridade máxima para os touros, fortalecendo sua posição. No entanto, em caso de pressão de baixa devido à redução do apetite por risco, os compradores devem defender o nível de US$ 6.355. Uma quebra abaixo dele poderia rapidamente levar o índice de volta a US$ 6.343 e possivelmente abrir caminho para US$ 6.331.