A estrutura de ondas permanece altista. A última onda de baixa não rompeu a mínima anterior, enquanto a onda de alta mais recente superou facilmente a máxima anterior. O cenário de notícias atual não favorece os ursos. O mercado projeta um forte afrouxamento monetário pelo FOMC, o que sustenta os touros no médio prazo. No momento, não há motivos para esperar uma queda significativa no GBP/USD. No entanto, a reunião do Bank of England de hoje ainda é um ponto de atenção.

Em relação à pressão de Trump sobre o Fed, os resultados foram modestos. Na verdade, o FOMC está pronto para afrouxar a política monetária devido a um mercado de trabalho mais fraco, não por causa de Trump. Jerome Powell deixou claro que a inflação continua sendo um indicador central para o regulador. Assim, ninguém além de Steven Miran está disposto a votar por um corte maior que 0,25%. Quando a taxa for reduzida em mais 0,50%, o Fed provavelmente reavaliará os dados econômicos para decidir se as medidas tomadas são suficientes para estabilizar o mercado de trabalho. Se forem, o regulador deve fazer uma pausa indefinida, retomando o foco no combate à inflação, que ainda acelera sob o impacto das tarifas de Trump.

Nas próximas horas, o Bank of England anunciará a decisão sobre as taxas, o que pode oferecer nova oportunidade aos ursos. Ontem, eles tiveram chances de avançar, e podem tentar novamente hoje. No entanto, no longo prazo, ainda não se espera que consigam dominar o mercado.

No gráfico de 4 horas, o par continua seu movimento ascendente após se consolidar acima da zona de 1,3378–1,3435. O crescimento pode, portanto, continuar em direção ao próximo nível corretivo de 127,2% em 1,3795. O indicador CCI formou uma divergência "baixa", que coincidiu com a reação do mercado ao resultado do FOMC. O gráfico horário continua mais informativo por enquanto.

Relatório de Compromissos dos Traders (COT):

O sentimento da categoria "Não Comercial" de traders não mudou na última semana de relatório. O número de posições longas entre especuladores diminuiu em 1.213, enquanto as posições curtas caíram 748. A diferença entre contratos de comrpas e vendas está atualmente em cerca de 75.000 contra 109.000. No entanto, como podemos ver, a libra ainda tende à valorização, e os traders continuam inclinados à compra.

Na minha visão, a libra ainda enfrenta riscos de baixa. O cenário de notícias para o dólar americano nos primeiros seis meses do ano foi ruim, mas agora está melhorando gradualmente. As tensões comerciais estão diminuindo, acordos importantes estão sendo assinados, e a economia dos EUA no segundo trimestre deve se recuperar graças às tarifas e a diversos investimentos. Ao mesmo tempo, as perspectivas de afrouxamento do Fed na segunda metade do ano já começaram a exercer pressão significativa sobre o dólar, à medida que o mercado de trabalho americano enfraquece e o desemprego sobe. Assim, ainda não vejo fundamentos para uma "tendência de alta do dólar".

Calendário de notícias para os EUA e o Reino Unido:

• Reino Unido – Decisão sobre a taxa do MPC (08h00 horário de Brasilia - 12h00 Portugal).
• Reino Unido – Declaração do MPC (08h00 horário de Brasilia - 12h00 Portugal).
• EUA – Pedidos iniciais de subsídio de desemprego (09h30 horário de Brasilia - 13h30 Portugal).

Em 18 de setembro, o calendário econômico contém três entradas, duas das quais são importantes para a libra esterlina. A influência do contexto noticioso no sentimento do mercado na quinta-feira pode ser novamente forte.

Previsão para o GBP/USD e recomendações para os traders:

As vendas foram possíveis no gráfico horário a partir da recuperação em 1,3708, visando chegar em 1,3611–1,3620, que já foi atingido. Hoje, as compras são possíveis a partir de uma recuperação na zona de 1,3587–1,3620, com alvo em 1,3708. Novas vendas podem ser consideradas em um fechamento abaixo da zona de 1,3587–1,3620, visando chegar em 1,3482.

As grades de Fibonacci são formadas entre 1,3586–1,3139 no gráfico horário e entre 1,3431–1,2104 no gráfico de 4 horas.