O Reino Unido continua afundando sob o peso de problemas econômicos e financeiros. Vale lembrar que o "drama britânico" começou em 2016, quando, por uma margem estreita, o povo britânico decidiu romper oficialmente os laços com a União Europeia e construir um Reino Unido totalmente independente. Quase dez anos se passaram, e pesquisas recentes mostram que muitos britânicos começam a se arrepender dessa decisão. Embora um acordo comercial com a UE tenha sido assinado com grande dificuldade, diversos problemas permanecem sem solução. Um deles é a oferta de mão de obra: anteriormente, migrantes chegavam ao país em busca de salários altos e ocupavam empregos pouco qualificados que os britânicos não queriam exercer.
Os desafios econômicos são ainda mais numerosos. O esperado boom econômico pós-Brexit nunca se materializou, e a economia britânica tem crescido lentamente — um fenômeno que também reflete o desempenho geralmente fraco da região europeia. A produção industrial segue em queda, a inflação voltou a subir, e o Banco da Inglaterra vem cortando juros, prometendo ao mesmo tempo manter o Índice de Preços ao Consumidor dentro da meta.
No campo político, a situação também é complicada. Nos últimos anos, todos os primeiros-ministros deixaram o cargo antes do término do mandato. Após a saída de Boris Johnson, o poder passou ao Partido Trabalhista com Keir Starmer, mas a troca de partido não trouxe melhorias significativas. Atualmente, o governo tenta elaborar o orçamento para 2026, mas enfrenta grandes dificuldades: receitas insuficientes, gastos elevados e a consideração de aumentos de impostos — medidas que dificilmente agradarão à população britânica.
O aumento de impostos não é apenas uma medida econômica impopular; ele também está diretamente ligado às próximas eleições, nas quais o Partido Trabalhista corre o risco de perder apoio. Recentemente, o Reino Unido enfrentou uma alta inédita nos rendimentos dos títulos públicos. Naquele momento, o mercado vendeu a libra de forma intensa, antecipando sérios problemas fiscais.
O aumento nos rendimentos dos títulos indica menor interesse dos investidores em comprar dívida do governo britânico. Para atrair compradores, é necessário oferecer retornos maiores, o que pressiona ainda mais o orçamento, considerando que a dívida continua precisando ser paga.
Como consequência, a moeda britânica segue caindo de maneira recorrente, devido a fatores específicos do Reino Unido que não se repetem em todos os países ou sob todos os governos. Ainda assim, a tendência de alta da libra não se altera, já que os problemas fiscais nos Estados Unidos são ainda mais expressivos. Por enquanto, as dificuldades da libra não são suficientes para fazer com que os investidores migrem para o "alternativo" — o outrora favorito dólar norte-americano.
Estrutura de onda para o EUR/USD:
Com base na análise do EUR/USD, concluo que o instrumento continua formando um segmento ascendente da tendência. O padrão de ondas ainda depende totalmente do contexto noticioso ligado às decisões de Trump e à política externa e interna da nova administração dos EUA. As metas do atual segmento ascendente podem se estender até o nível 1,25. O cenário de notícias permanece inalterado, portanto, continuo mantendo posições de compra, apesar do primeiro alvo em torno de 1,1875 (161,8% de Fibonacci) já ter sido atingido. Até o final do ano, espero que o euro suba para 1,2245, o que corresponde ao nível de 200,0% de Fibonacci.
Estrutrura de onda do GBP/USD:
A estrutura de ondas do GBP/USD permanece inalterada. Estamos lidando com um segmento impulsivo de alta da tendência. Sob Donald Trump, os mercados podem enfrentar muitos choques e reversões que podem afetar fortemente a estrutura de ondas, mas, no momento, o cenário de trabalho permanece intacto e a política de Trump não mudou. Os alvos do segmento de alta estão localizados perto do nível de Fibonacci de 261,8%. No momento, espero que o par continue subindo dentro da onda 3 de 5, visando atingir 1,4017.
Princípios fundamentais da minha análise:
- As estruturas das ondas devem ser simples e claras. Estruturas complexas são difíceis de negociar e muitas vezes trazem mudanças.
- Se você não estiver confiante no que está acontecendo no mercado, é melhor não entrar.
- Nunca pode haver 100% de certeza na direção do mercado. Não se esqueça das ordens de Stop Loss de proteção.
- A análise de ondas pode ser combinada com outros tipos de análise e estratégias de negociação.