De acordo com a OCDE, a economia global está lidando com as tarifas comerciais de Donald Trump melhor do que o esperado, já que a atividade é apoiada por investimentos significativos em inteligência artificial e por políticas fiscais e monetárias favoráveis.

Embora as restrições comerciais introduzidas pela administração Trump tenham, sem dúvida, provocado impactos negativos em setores e países específicos, o crescimento econômico global mostrou-se mais resiliente do que muitos economistas previam. Um dos principais motivos para essa resiliência é o avanço tecnológico, especialmente no campo da inteligência artificial. Investimentos em larga escala em IA, tanto do setor privado quanto de governos, têm impulsionado a produtividade e a eficiência em múltiplas indústrias. A automação de processos, a otimização das cadeias de suprimento e o desenvolvimento de novos produtos e serviços baseados em IA ajudaram a suavizar parte das consequências negativas das guerras comerciais.

Além disso, muitos governos adotaram políticas de estímulo para amortecer o impacto das tensões comerciais. Cortes de impostos, aumento dos gastos públicos e taxas de juros baixas mantiveram a demanda do consumidor e sustentaram a atividade de investimento.

Ainda assim, é importante notar que a resiliência da economia global não significa que as tarifas comerciais estejam isentas de efeitos colaterais. Elas continuam a perturbar fluxos comerciais, elevar preços para consumidores e criar incerteza para empresas, fatores que podem restringir o investimento de longo prazo.

A organização sediada em Paris revisou para cima suas projeções de crescimento para os EUA e a zona do euro neste ano e no próximo, além de realizar ajustes positivos marginais para outras grandes economias em sua última perspectiva. No entanto, o crescimento global ainda deve desacelerar de 3,2% em 2025 para 2,9% em 2026, uma vez que o impacto total das tarifas sobre o comércio ainda não foi totalmente absorvido.

"A economia global demonstrou resiliência este ano, apesar das preocupações com uma desaceleração acentuada devido ao aumento das barreiras comerciais e à elevada incerteza", afirmou o secretário-geral Mathias Cormann. "No entanto, o crescimento do comércio global desacelerou no segundo trimestre, e esperamos que o aumento das tarifas leve gradualmente a preços mais altos, reduzindo o consumo das famílias e os investimentos das empresas."

Vale lembrar que, em junho, a OCDE alertou que o crescimento dos EUA cairia para 1,6% este ano; mas, em setembro, elevou a projeção para 1,8% e agora estima 2%. Ainda assim, combinadas às preocupações com mudanças rápidas nas medidas comerciais, as previsões seguem frágeis e sujeitas a riscos significativos.

Cenário Técnico para do EUR/USD: No cenário atual, os compradores precisam encontrar forma de retomar o nível de 1,1650. Apenas depois disso poderão mirar um teste em 1,1680. A partir dali, seria possível buscar 1,1715 — embora sem o apoio de players institucionais isso será bastante desafiador. O alvo mais distante continua sendo 1,1730.

Em caso de queda, espero atuação mais firme de grandes compradores apenas na região de 1,1625. Se o suporte não aparecer, o ideal seria aguardar a renovação da mínima em 1,1590 ou considerar compras a partir de 1,1560.

Cenário Técnico para do GBP/USD: Para a libra, os compradores precisam superar a resistência imediata em 1,3250. Somente assim poderão avançar para 1,3270, nível acima do qual um rompimento será mais difícil. O alvo mais distante permanece em 1,3300.

Se o par cair, os vendedores tentarão reassumir o controle em 1,3225. Caso obtenham sucesso, a quebra dessa faixa representará um golpe sério para os touros e empurrará o GBP/USD para a mínima de 1,3203, com potencial de extensão até 1,3170.